domingo, 8 de maio de 2011

Transformar madeira velha em violinos, é a arte de um Jovem da periferia de SP!!!

Um país de talentos! Um país que não possui uma política transparente que incentive as mais diversas artes! Um jovem talento foi descoberto entre os lixos do estado de São Paulo, rodeado por um cenário nada comum para os que ali vivem, ressoara dentre as mais belas letras clássicas do mundo, vinda, formada e lapidada através das gavetas de um velho guarda-roupas de araucária em parceria com uma mesa de imbuia. Com um jargão universal " unidos venceremos", dar-se vida a um violino que brava artistas como Beethoven e Bach.
Deixar de falar de retratos como o de David Rocha,São Miguel Paulista, na zona leste de São Paulo, 20 anos, é esquecer a esperança da vitória, um jovem que frequenta aulas de luteria desde 2009 e que fez do lixo o seu universo de criação.O mais interessante é que algumas pessoas independem estar em locais, em posições ou em instituições determinantes para formação de individuo, quando o destino, ou melhor a riqueza, seja ela espiritual, física, material ou o conhecimento já vem entrelaçadas em seu cordão umbilical.
O jovem relata que fez o tampo de seu violão clássico de abeto, o que chamou mais atenção é que para fabricar um instrumento como este, utiliza-se uma madeira da Europa, que é parecida com o pinho. Agora pensem que ele utilizou na fabricação de seu violão uma caixa de bacalhau Norueguês, que havia encontrado no Mercadão.
Um jovem músico autodidata em suas construções, criou com a madeira encontrada, um cavaquinho, um bandolim, uma rabeca e outro violão, barroco.
O mesmo desde criança assistia, pela televisão, aos concertos em São Paulo, e aos 16 anos ele aprendeu a tocar em uma igreja evangélica.



Em entrevista a Folha de São Paulo David relatou:

"Cada madeira que eu encontrava, mostrava para o professor, para saber se servia", conta David. Ele cursa o último ano do ensino médio e hoje é monitor da oficina de luteria durante a tarde.

Pelo trabalho, ele recebe uma bolsa de R$ 450 da Fundação Tide Setúbal, que promove o curso no Galpão de Cultura e Cidadania de São Miguel Paulista.

Como não segue as rígidas especificações usadas na fabricação do violino, o que David fabrica é chamado de rabeca-violino, uma versão mais rústica do instrumento.

"Ele obteve um resultado de qualidade muito rápido para quem está começando", elogia Fábio Vanini, professor da oficina de luteria.

"A vantagem de ele usar as madeiras do lixão é que elas passaram pela prova do tempo, não vão mudar mais suas características", diz o luthier.

MÚSICA VERDE

O interesse de David por materiais reciclados pode se tornar uma vantagem, já que o ofício sofre com a falta de madeira nacional disponível.

Segundo Vanini, a maioria dos bons violões é feita com jacarandá-da-bahia, que tem o corte proibido. Ou de mogno, difícil de ser encontrado.

Além de seguir a carreira como músico e luthier, um dos sonhos do 'violinista do lixão' é conhecer a Sala São Paulo, onde tocam as melhores orquestras da cidade.

"Uma vez fui com minha mãe, mas chegamos atrasados e não conseguimos entrar", desabafa.

CONVITE

Heber Sanches, professor de violino da Fundação Bachiana, assistiu ao vídeo de David, feito pela Folha.

"Bacana o som que ele tira do instrumento. E tem muito luthier que adoraria tê-lo como aprendiz". Empolgado, Heber quer convidá-lo para ter aulas na fundação".


O sucesso vem com muito trabalho, mais a sabedoria muitas vezes já vem entranhada nas veias de um individuo! Nunca desista de sonhar! Acredite sempre em seu potencial, e confie sempre em seu alicerce maior que é a familia.

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