Um dos grandes expoentes da arquitetura atual, considerado por Oscar Niemeyer o maior especialista em obras pré-fabricadas no país, João da Gama Filgueiras Lima, conhecido como Lelé, participa em Salvador de dois importantes eventos abertos ao público: no dia 07 de novembro, quarta-feira, às 18 horas, ele inaugura no Foyer do Teatro Castro Alves a exposição inédita A arquitetura de Lelé: fábrica e invenção. Logo em seguida, ele participa de mais uma edição do projeto Conversas Plugadas, na Sala Principal do TCA, às 20 horas. No bate-papo, Lelé falará sobre seus mais de 50 anos de profissão; a descoberta da vocação para obras públicas e a utilização da arquitetura como instrumento de arte a serviço da sociedade. Lelé possui forte laço afetivo com a Bahia, e talvez seja o arquiteto brasileiro que mais espalhou suas obras por todo o país, incluindo Salvador, Fortaleza, Belém, Rio de Janeiro, Brasília, Aracaju, Natal e outras capitais.
OBRAS - Nascido no Rio de Janeiro, em 1932, Lelé iniciou a carreira ao lado de Oscar Niemeyer e Darcy Ribeiro nos canteiros de obras de Brasília, e foi um dos que mais longe levou as propostas do Movimento Moderno. Sua arquitetura de fabricação serial contribui para a construção de uma nova espacialidade adequada ao homem e ao ambiente, integrada corretamente à paisagem e seu contexto sociocultural. Desse modo, Lelé projeta com naturalidade, desde a complexa concepção construtiva de grandes espaços ao simples detalhe de um componente. Produz mobiliário e equipamentos em uma experiência que mais aproxima a arquitetura do design, concebida como produto industrial. Entre suas centenas de obras estão a Fábrica de Equipamentos Comunitários – FAEC – em Salvador, o Centro de Tecnologia da Rede Sarah (hospitais e centros de reabilitação do aparelho locomotor) e as sedes do Tribunal de Contas da União. Atualmente ele preside o Instituto Brasileiro de Tecnologia do Habitat, com sede em Salvador, voltado para a pesquisa, o ensino e o desenvolvimento tecnológico, com especial atenção aos projetos de cunho social e urbanização de assentamentos da população carente.
A EXPOSIÇÃO – A arquitetura de Lelé: fábrica e invenção reúne maquetes, fotografias, desenhos, filmes e vídeos de animação que possibilitam apreender o apuro técnico e a grande inventividade das soluções propostas pelo arquiteto, em seus mais de 50 anos de carreira. A curadoria é de Max Risselada, arquiteto e professor da Faculdade de Arquitetura da Universidade de Tecnologia de Delft, da Holanda, que dá apoio à mostra, e Giancarlo Latorraca, diretor Técnico do MCB e organizador do livro “João Filgueiras Lima – Lelé”, publicado em Lisboa (Editorial Blau/Instituto Lina Bo e P. M. Bardi, 2000).
PASSARELAS - A exposição destaca ainda uma documentação e análise das passarelas para pedestres, equipamentos urbanos cuja fabricação iniciou-se no período da Fábrica de Equipamentos Comunitários, a FAEC, estabelecida em Salvador de 1985 a 1989. Fundamentais para a capital baiana, elas estabeleceram a conexão entre as encostas por sobre as tradicionais avenidas de fundo de vale, muitas vezes conectadas a paradas e terminais de ônibus, ou também junto ao acesso de edifícios de intenso uso público. A flexibilidade do sistema projetado, com utilização de cobertura e elementos de argamassa armada associados a uma treliça metálica, são hoje marca registrada da capital baiana.
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SERVIÇO:
Quando: 07 de novembro, quarta-feira, às 18 horas.
O quê: Abertura da Exposição “A arquitetura de Lelé: fábrica e invenção”
Onde: Foyer do Teatro Castro Alves
“Conversas Plugadas” com o arquiteto João Filgueiras (Lelé).
Onde: Sala Principal do Teatro Castro Alves, às 20 horas.
Entrada franca (limitada à capacidade do espaço)
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Fonte: Teatro Castro Alves - Assessoria de Comunicação
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